Hoje quero falar com você sobre algo que atravessa nossas vidas de forma profunda: o resgate das nossas raízes ancestrais.

Para muitas pessoas não-brancas, esse caminho é também um processo de descolonização interior — uma cura necessária para que possamos co-criar realidades mais sustentáveis. Não apenas no sentido econômico ou ambiental, mas também no emocional, no espiritual e no pertencimento.

Aquilombar-se, ou encontrar a sua aldeia, é se reconhecer dentro de uma comunidade que vibra na mesma frequência e constrói novos modos de ser e estar no mundo. É o encontro com sua tribo, com pessoas que representam aquilo que você é e aquilo que você sonha.

Essa conexão fortalece nossa saúde emocional e abre espaço para criar dinâmicas próprias, livres da lógica colonial que tantas vezes tentou nos enquadrar em moldes que não nos pertencem.

Escolher viver de forma mais lenta, em comunidade, em ancestralidade, em espiritualidade, é também escolher estar mais perto daqueles que fazem você ser quem é.

E o corpo, o cabelo, a estética… são partes dessa resistência.

Mudar a forma como nos olhamos, como nos representamos, como nos reconhecemos diante do espelho, é também mudar as referências que o mundo tem sobre nós.

Cada vez que você busca novas formas de se relacionar com a sua imagem, cada vez que fortalece sua identidade a partir da sua história, você contribui para toda uma rede de resistência. Uma rede que ampara, que cura e que floresce.

Porque as raízes podem até ser desafiadas, mas raízes vivas não se curvam.